Westeros Total Live
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Ventos Contrários

Ir para baixo

Ventos Contrários Empty Ventos Contrários

Mensagem por Nymera Martell Sex Jun 21, 2019 5:20 am

O pátio de treinamento estava com alguns soldados em treinamento, jovens testando suas primeiras armas e alguns soldados de prontidão pra caso haja alguma coisa, Nymera e seu tio Caronte chegaram a passos largos no pátio, cada um foi para uma ponta distante do outro, a princesa vestiu uma cota de malha de couro que pediu de um soldado, também pegou uma lança e um escudo, o tio apenas pegou uma lança e um escudo, com uma adaga Nymera rasgou a saia do vestido para poder ter mais mobilidade.

- É uma pena sobrinha, era um vestido tão bonito - zombou o tio.

- Vamos ver se lamentará assim quando eu lhe vencer tio - disse ela com um sorriso zombeiro.

Os dois foram até o meio do pátio, a essa hora todos já haviam parado o que estavam fazendo para ver a disputa. Com um golpe rápido de sua lança Nymera começou o combate, o tio por sua vez se defendia com o escudo e atacava também com precisão, com rapidez a princesa coloca o seu escudo de maneira que o golpe do tio fosse desviado e choca o cotovelo contra o rosto do homem.

- Belo golpe, tenho que admitir - disse o tio alisando o nariz doído.

- O senhor que me ensinou, e já aplicou em mim.

- Parece que eu lhe ensinei bem, vamos ver até onde minhas lições valeram a pena - terminando de dizer o homem foi com velocidade pra cima da sobrinha. Os dois giravam, a mulher bem mais para desviar de certos ataques do homem, mas não deixava barato, a cada brecha que achava empunhava sua lança em direção ao alvo, de repente um soldado chega apressado no pátio.

- Princesa Nymera, Príncipe Caronte - o soldado os chama ofegante, isso faz a dupla parar - O Príncipe Doran está os chamando imediatamente.

- O que aconteceu? - o tio fala com a voz séria.

- Não sei senhor, o príncipe chegou da cidade e Meiestre Tytos quando soube chegou apressado com um carta nas mãos, depois o Príncipe Doran mandu chama-los imediatamente - assim que o soldado falou Nymera olhou para o tio e os dois pareciam ter tido o mesmo pensamento.


- Papai, o que houve? De quem era a carta? - falou a princesa assim que entrou na sala de reuniões que o pai usava quando necessitava fazer conversas particulares.

- Acalme-se Nymera - a voz do pai era séria e baixa, ele estava sentado com Meiestre Tytos estava ao seu em pé, o homem já de idade avançada com pesadas correntes que adquiriu na cidadela em seus tempos de aprendizagem. Na sala também se encontravam pessoas mais chegadas como sua mãe e seu tio - Sente-se minha filha, a notícia que chegou realmente... Faz qualquer um cair.

- O que foi meu pai? Por favor diga - falava a princesa agora em um tom mais branco depois de se sentar em uma cadeira próxima.

- O Rei Jaehaerys foi assassinado - Nymera sentiu a cor de seu rosto sumir, sentiu o sangue gelar - Ele foi assassinado com a sua Mão o Septão Gerald... A Rainha Vaella, agora Rainha Regente está convidando os lordes das Grandes Casas para o Grande Conselho, onde eles votaram qual dos seus filhos vai sentar no Trono de Ferro.

- E por que eles mandariam uma carta até nós pai? - perguntou a garota em um tom que mostrava sua ansiedade - Nós não nos curvamos a eles, Aegon e seus dragões não conseguiram nos conquistar como fizeram com os outros lordes, penso nisso como uma armadilha.

- Concordo com minha sobrinha irmão - falava Caronte Martell próximo da porta - Por que os dragões iriam nos querer neste conselho? E principalmente para ajudar a definir qual dos herdeiros deles vai sentar naquele Trono de Sangue, aquilo não é nada mais além disso, uma cadeira que te dará um alvo nas costas, só se lembrar de Maegor, ninguém até hoje sabe quem o matou, e agora Jaehaerys foi da mesma forma.

- Acho que deve escuta-los meu príncipe - Lady Mhriam falava com a voz doce, mas cheia de preocupação - Não apoio você ir, principalmente quando não pegaram esse assassino, aquele lugar... Eu não me sentiria bem se você fosse Doran.

- Compreendo suas preocupações meu amor, meu irmão, mas se for verdade esta é uma questão de enorme importância, não só para os lordes mas para toda Westeros em si, penso que quem for se sentar naquele trono maldito vai ter o poder de causar grandes mudanças, não quero ficar com peso na consciência de que não pude fazer nada quando tive a oportunidade. É claro que tenho medo, não só por mim, mas... - os olhos castanhos do pai caíram sobre a filha mais velha e outro ponto atras dela que ela pensou ser o irmão - Mas por todos.

- Meu senhor se me permite - a voz de Meiestre Tytos surgiu suave e um pouco baixa - Não acho prudente o senhor ir até Porto Real, não só por causa de uma possível ameaça mas devido a sua saúde, mesmo que esteja bem agora o caminho até lá pode prejudicar bastante a sua instabilidade, o senhor teria que atravessar boa parte do deserto a cavalo, e depois passar por Ponta Tempestade, essa mudança brusca no clima pode não lhe fazer muito bem meu senhor. Ao invés disso eu aconselho a mandar a Princesa Nymera em seu lugar, ela é sua herdeira legítima, os dragões não podem recusa-la por ser quem é, e como proteção reforçada o senhor pode mandar seu irmão o Príncipe Caronte, creio que ele ficará de olho em sua filha em todo o momento em que passarem naquele ninho de dragões e cobras.

Doran pensava sobre a proposta sugerida pelo meiestre, sua filha estava a sua frente, não muito distante, pensava que realmente aquela viagem faria mal ao pai, mesmo ele sendo forte, pensava em se oferecer pra caso necessitasse, felizmente o meiestre foi mais rápido, tinha esperanças do pai aceitar, mesmo conhecendo seu genho teimoso dele.

- Agradeço Meiestre Tytos, mas eu estou suficientemente bem pra...

- Mas pai, o próprio Meiestre Tytos está falando que essa viagem é perigosa pro senhor, por favor me mande no seu lugar, Tio Caronte não se importará de...

- Não Nymera! - o príncipe elevou a voz fazendo a filha se calar no mesmo instante, o pai deu algumas tossidas mas controlou rapidamente - Eu não vou manda-la pra lá, não duvido de suas habilidades ou as do meu irmão, mas... - ele levou uma das mãos ao rosto dela e deslizou o polegar na bochecha dela com gentileza - Eu não confio nos dragões, não lhes mandarei minha filha de peito aberto imaginando que em algum momento eles colocando suas garras em você, ou perdendo o meu irmão, meu comendante... Eu ainda sou o Príncipe Dominante de Dorne, vai ser pior eles fazerem algo contra mim do que contra você.

- Tudo bem meu pai - a princesa recuou saindo do toque no homem, sentiu como se tivesse 6 anos e que tivesse acabado de roubar algum doce na cozinha, o pai não era muito de gritar com ela como o fez agora pouco, permaneceu de cabeça baixa na frente dele - Mas eu irei com o senhor.

- Tenho certeza que sim, também dou a permissão de Noburo nos acompanhar - Doran se virou para a esposa - Ficaria feliz em tê-la ao meu lado também Mhriam, Meiestre Tytos ficará para gerenciar as coisas, Caronte, arme uma boa escolta, ao menor sinal de perigo quero sair de lá no primeiro galope.

- Como desejar, meu príncipe.

- Ótimo, esta reunião está oficialmente encerrada, não preciso reforçar de que uma vez fora de nossas terras somos rebeldes, alvos, então não confiem, não deixem a guarda baixa, vigiem, se vigiem e aos nossos, os piores venenos são os mais doces, os mais puros, lembrem-se disso... Depois, irmão, quero acertas coisas da viagem com você, agora vão, temos muito o que fazer antes de partir.

- Nymera - sua mãe a chamou assim que saiu - Não fique magoada com seu pai, ele está querendo protege-la sabe disso.

- Ele prefere colocar o pescoço dele em perigo ao me deixar ir, ele sabe que a saúde dele vai piorar assim...

- E por isso ele vai, ele é o Príncipe de Dorne, e nesses tempos ele não pode mostrar fraqueza alguma, se o chamaram ele vai mesmo doente, nós não nos unimos aos Targaryens, não fomos conquistados, imagina quando o novo Rei ou Rainha de Westeros souber que a saúde do seu pai está complicada, imagina os outros Lordes? A Campina cobiça Dorne a anos, aqueles pomposos que acham que a ``etiqueta´´ é o maior dogma de um homem, tão hipócritas quanto seu dogma, me lembro deles cada vez que é preciso tirar as ervas daninhas do jardim... Imagina Ponta Tempestade então, aqueles cabeças de chifres que só se importam em lutar, caçar e foder, cada um quer um pedacinho das nossas terras, mesmo que não sobrevivam a ela, a cobiça e a fome dos homens as vezes pode ser perigosa, é por isso que ele vai, pra mostrar que não importa como nos encontramos nós os Martells e até a própria Dorne não nos curvamos, ou nos submetemos.

- Insubmissos, Não Curvados, Não Quebrados - falou a princesa.

- Exatamente, agora, vá, temos muito o que fazer.

Enquanto andava pelos corredores Nymera era tomada por pensamentos, nas palavras do pai, de sua mãe, e se lembrou o por que que admirava tanto ambos, desejou que quando fosse Princesa Dominante, fosse tão forte quanto ambos.
Nymera Martell
Nymera Martell
Príncipe de Dorne
Príncipe de Dorne

Mensagens : 10
Data de inscrição : 06/06/2019

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos